16 de Outubro de 2014 às 17:22 por Patricia Afonso
A TQ – Travel Quality Viagens foi o partner da ITP – International Travel Partnership escolhido para organizar a conferência anual Business Travel Network, que reúne os membros da entidade, que decorre até ao próximo dia 18 de Outubro no D. Pedro Palace, em Lisboa.
A candidatura da portuguesa TQ recolheu perto de 99% dos votos para acolher a conferência em 2014 (a candidatura concorrente foi apresentada pela Bélgica), para a qual contou com o apoio do Turismo de Lisboa, Travelport, Amadeus e TAP.
Num encontro com os jornalistas Jean-Claude Fert, chairman da ITP, explicou que a entidade opta sempre por realizar a sua conferência anual em países-base dos seus representantes e indiciou que, neste momento, a entidade está representada em 58 países, com um total de 65 partners.
A conferência que está a decorrer em Lisboa tem como objectivo estudar o futuro, neste caso do segmento de viagens de negócios, com o responsável pelo ITP a afirmar que as constantes mudanças levam a que seja necessária uma análise contínua ao sector.
“Estamos interessados em saber como o mundo está a mudar, porque o sector das viagens está a mudar velozmente e, claro, entre os diversos players e fornecedores no nosso segmento estão as companhias aéreas e os hotéis e é preciso saber quais os planos d e actuação não só agora, como no futuro.”
“Para sermos globais neste mundo temos que ter parceiros. O mote da ITP é ‘Suporte global, gestão local’, o que significa que não vamos dizer aos portugueses ou outros países como fazer negócio, mas sim para ajudá-los a ser mais competitivos no mercado”, explicou o responsável, indicando que a ITP já desenvolveu produtos para os seus membros e “fazemos muita pesquisa de novos produtos, mas também ouvimos os partners para perceber quais são suas necessidades, que nem sempre são as mesmas” devido a dispersão geográfica.
Como exemplo, Jean-Claude Fert deu como exemplo o tráfego aéreo nos EUA, em que apenas 10 a 15% diz respeito a viagens intercontinentais, enquanto na Europa e Ásia a percentagem ronda os 40%. Nesse sentido, a ITP desenvolveu um programa hoteleiro para os partners, onde tenta encontrar “benefícios” directo para o cliente final. O mesmo acontece com a aviação, em que a ITP tenta dar o melhor preço disponível, com os membros a poderem obter tarifas mais baratas através de partners noutros países, com compra nos países de destino, exemplificou o responsável.
Para o próximo ano, a ITP espera “preencher algumas lacunas” na sua representação, aumentado o número de países na sua lista para os 70. Em análise estão, por exemplo, partners na América Latina; África, como, por exemplo, o Gana; e a Nova Zelândia. Angola também está em análise, mas, neste momento, através das ligações entre Portugal e o país africano